O uso da neotenia para nos manipular

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Autor não identificado
Título original: A Utilização da Neotenia Para nos Manipular
Backup por Barão Kageyama


O uso da Neotenia Para nos Manipular

Neotenia é a retenção de características infantis em adultos; este fato dá-se tanto em homens como em mulheres, mas parece ser utilizado com mais ardil pelas mulheres. Infelizmente, como diz Goleman em um de seus maravilhosos trabalhos, os meninos são menos sofisticados nas artimanhas amorosas do que as meninas, e isto pode se perpetuar até o estágio de vida adulta, enquanto que elas já começam a partir dos treze anos (isto quando Goleman escreveu esta tese, porque hoje em dia, com dez ou onze anos já estão dando por livre e espontânea vontade), então conclui-se que a ausência e/ou pouca quantidade de inteligência emocional nos homens lhes garante que estejam mais vulneráveis a certas ciladas, visto que é comprovado cientificamente e psicologicamente que as mulheres quando entram em um lugar reparam em tudo (até nos mínimos detalhes), e são intuitivas ao ponto de se equiparar com a paranormalidade.

"As modificações evolutivas que envolvem a retenção dos estágios infantis é denominada neotenia. Provavelmente, a origem dos cordados é o resultado de uma combinação de processos cenogênicos e neotênicos, uma vez que é crença geral que eles se originaram a partir de um equinodermo larval e, é quase certo, que o formato da cabeça humana se originou pela retenção da forma fetal. Existem de fato muitas características estruturais humanas ‘infantis’, e podem ter-se originado por neotenia. Por exemplo, a tenção da curvatura do crânio, a posição anterior do forame magno, o achatamento da face que, por sua vez, é sempre menor que a caixa craniana e a ausência de pêlos no corpo" (Harrison e Weiner, 1964/1971, p. 29.)

Carl Gustav Jung em seu livro "O Homem e seus Símbolos" nos diz que os estágios do inconsciente nos remontam em determinadas circunstancias a certas ocasiões que nos ocorreram durante nossa fase de vida infantil, esta região inconsciente por vezes parece adormecida, mas é ativada por fatores externos paralelos ao ocorrido durante a infância, como podemos ver no texto abaixo:

"Um exemplo, que considero particularmente significativo, foi-me dado por um professor que estivera passeando no campo, com um dos seus alunos, absorvido em uma séria conversação. De repente, verificou que seus pensamentos estavam sendo interrompidos por uma série de inesperadas lembranças da sua infância. Não conseguia justificar tal distração. Nada do que até então estivera discutindo tinha qualquer ligação com aquelas lembranças. Olhando para trás do caminho percorrido, viu que haviam passado por uma fazenda, quando surgira a primeira destas recordações da sua infância. Propôs ao aluno que retornassem ao local onde se haviam iniciado aquelas fantasias. Chegando lá, sentiu um cheiro de gansos e, imediatamente, percebeu que este cheiro desencadeara a série de recordações. Na sua juventude, ele vivera numa fazenda onde criavam gansos e o seu odor característico lhe deixara uma impressão duradoura, apesar de adormecida. Ao passar pela fazenda naquela caminhada, registrar subliminarmente aquele cheiro, e esta percepção inconsciente despertou experiências da sua infância há muito esquecidas. A percepção foi subliminar porque a atenção estava concentrada em outra coisa qualquer e o estímulo não fora bastante forte para desvia-la, alcançando diretamente a consciência. No entanto, trouxe à tona 'esquecidas' lembranças" (Carl Gustav Jung, O Homem e Seus Símbolos – página 34 ao 36.)

Embora se acredite que a grande maioria das mulheres faça isto de maneira inconsciente, ainda assim existem aquelas que Nessahan Alita chama de "espertinhas" (para não dizer outro nome) que se aproveitam deste artifício e o utiliza maneira proposital e ardilosa dentro dos relacionamentos amorosos. As mulheres (de maneira consciente ou inconsciente) se utilizam da Neotenia geralmente em duas circunstâncias:

1- Quando querem nos Humilhar: Fazendo-nos retornar psicologicamente ao nosso estágio infantil de maneira inconsciente, quando éramos subjugados por nossas mães e tratados como pré-púberes inconseqüentes e insubordinados. Trata-se de uma das estratégias que mais dá certo, porque uma vez que o homem percebe que não está transmitindo à mulher uma imagem e postura de maduro e responsável pelos seus atos, tanto mais vai ser acometido por uma sensação de vulnerabilidade, e diante de explicações racionais que ele vai tentar dar a ela, mais moleque vai parecer. Experimente pisar na bola com a sua namorada (ainda que seja sem querer) e depois se delicie ao ouvi-la te chamar de ‘garoto’. Isto te soa familiar?


2- Quando querem se aproveitar de nossos recursos (favores, bens, proteção, etc): O que mais confunde a maioria dos homens é o fato das mulheres parecerem tão fortes e seguras de si e de repente se comportarem como meninas que necessitam de atenção e proteção, e isto se dá de forma repentina (muitas usam o argumento da TPM para justificar esta velhacaria). Quando cobiçam algum de nossos recursos (financeiro, protetor, afetivo etc) se transformam em meninas desamparadas a fim de acionarem nosso natural instinto de proteção masculina, o modo de falar muda completamente (impostação, ressonância e ate mesmo a articulação de certas palavras) e passam a incorporar o personagem de uma menina que precisa de sua ajuda. Como já expliquei em outro texto, Goleman nos diz que essa velhacaria começa por volta dos treze anos, logo se conclui que seja esta a idade que elas interpretam perto de nós (inconscientemente) quando querem se aproveitar de nossos recursos ou tirar-nos favores desmerecidos.


Duas situações onde a Neotenia pode ser usada por elas:

Primeira:

O rapaz marcou de se encontrar com a individua velhaca em determinado lugar, mas a peçonhenta não apareceu para honrar com a sua palavra; ele a liga no dia seguinte e ouve uma desculpa absurda e esfarrapada, fica indignado com a falsidade da moça, porem finge que acreditou em tudo e propõe que os dois se encontrem em outro lugar num outro dia, ela diz: “Talvez... Vou ver...” Passados alguns dias ela confirma que aparecera no local combinado, certo de que desta vez ela vai, o rapaz resolve se vingar não aparecendo. Pronto! Ferrou de vez pro lado dele! Leia a seguir o dialogo dos dois ao telefone ou MSN depois dele ter furado o encontro com ela:

- Porque você não apareceu garoto?
- Eu ia te avisar, tive um problema aqui em casa e não deu pra eu ir...
- Custava ter me mandado um toque ou um torpedo pra me avisar? Fiquei igual uma idiota te esperando (como se ele não tivesse ficado também na primeira vez).
- Desculpe-me, eu ia te ligar, mas o problema aqui foi muito complicado.
- Problema é? Garoto, você ta pensando que eu sou idiota? – embora não admita para si mesma, esta pergunta esta relacionada com o fato dela ter furado primeiro com ele no encontro – Vê se cresce e vira homem!
- Espera aí, eu já te pedi desculpas. Você não pode falar assim comigo!
- Posso sim, porque você não passa de um moleque mesmo. Não sei onde eu estava com a cabeça quando aceitei sair com um cara imaturo feito você...
- Mas você também não apareceu no primeiro encontro, e eu ouvi suas desculpas e te entendi. Você não pode fazer o mesmo por mim? Não pode entender meus motivos?
- Eu sou mulher, tenho problemas muito mais sérios que você, agora você não passa de um moleque mesmo, faça o favor de não me ligar mais – evidente que ela fez isto para que ele insista em liga-la e ative a continuidade na perseguição e assédio – seu idiota!
- Espera, eu preciso... – a esta altura ela já desligou na cara dele.

Segunda:

A velhaca quer um presente de dia dos namorados, mas não quer qualquer coisa, quer algo que ela julgue a sua altura, durante mais de um mês ela esteve de olho em um colar caríssimo que ela viu no shopping com o seu namorado certa vez, e por meio de indiretas deixou claro que era este o presente que queria receber, e embora seu namorado estivesse passando por problemas financeiros ela pouco se importa com isso, quer a porra do colar e ponto final.

-Ai meu fofuxo, meu lindo, meu gatinho... – ela repete estas palavras utilizando uma linguagem enrolada, como se fosse uma criança pequena.
-O que foi?
-O que “voxê” vai me dar de presente no dia dos namorados?
-Eu não posso te dizer, é surpresa.
-Ai amor, deixa de ser insensível, fala pra mim, fala... – enquanto diz isto acaricia seu peito e se abriga entre seus braços para ativar-lhe o instinto de proteção masculina.
-Depois a gente conversa sobre isso.
-Porque? Vai dizer que você esqueceu de comprar meu presente?
-Não esqueci não, e tenho certeza que você vai gostar.
-Ai meu amoreco, diz pra mim meu príncipe, o que é?
-Amanhã você vai receber, é surpresa.
-Ai, tomara que seja aquele colar que vimos no shopping, você sabe o quanto eu queria ele, não sabe? – esta pergunta foi feita de propósito, com o medo de decepcionar seu “bebê”, ele com certeza vai comprar o colar – Ele é lindo (esqueceu de dizer que é caro)!

No dia seguinte ela recebe justamente o colar que queria, e somente o cara sabe o quanto ele teve que se sacrificar para atender aos caprichos de sua “menina mimada”, ela por sua vez pouco se importa com isso, às dividas dele não são de sua conta.

Conclusão:

É natural da mulher usar esses artifícios para possuir o que deseja, mas o problema está no homem entrar num relacionamento todo emotivo, e quando isso acontece, ele vira mais uma vítima do "joguinho de sedução" das "espertinhas".

8 comments

O_Marechal | 17 de julho de 2012 às 10:30

esse texto fala exatamente o que acontece atualmente em quase todos os relacionamentos amorosos.

guitarist | 21 de julho de 2012 às 15:41

muito bom, texto rico e esclarecedor!

r00t-slayer | 2 de outubro de 2012 às 18:54

Naquela do telefone se fosse comigo, teria desligado antes dela. O negócio é perceber antes o que ela irá fazer e cortá-la antes que ela realize isso.

Anônimo 2 de setembro de 2013 às 13:18

A Mais pura realidade !

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